Reunimos as 10 perguntas, que mais nos fizeram até hoje, e esperamos que possam ser úteis para outros pais. Aproveitem, comentem, partilhem!
1- Posso levar a comida do bebé para o avião? Mesmo que seja liquida e ultrapasse os 100 ml por embalagem?
Sim. Uma coisa são os líquidos transportados pelos adultos e outra são os líquidos das crianças. Normalmente passa numa máquina de Raio-X separada, ou em alguns aeroportos pode ter de provar/beber. Iogurtes, potes de fruta, biberons de leite, pacotinhos de sumo, caixa tupperware de sopa ou garrafas de água, passam no Raio-X, em quantidades que sejam para consumo durante o voo.
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2- Quando faço a reserva do voo, pergunta a idade da criança. A idade no momento ou no dia da viagem?
A idade no dia da viagem. A seguir vai colocar a informação do passaporte/cartão cidadão, e depois essa informação vai ser verificada no check-in, ou porta de embarque. No dia da viagem, a idade tem de coincidir no bilhete, e no documento.
3-O meu filho de 3 anos paga quarto de hotel?
Vai depender da política do alojamento. Uns cobram por idade, outros por cama extra… outros não cobram nada até aos 12 anos, para incentivar as viagens de famílias. Se a criança dorme num berço, normalmente não paga alojamento, ou paga uma pequena taxa. O mais fácil, é contactar o alojamento antes de fazer a reserva. Não custa nada e não apanham surpresas na chegada, como já nos aconteceu, de não haver berço disponível na chegada, o miúdo tinha 6 meses, estivemos acordados a noite toda, com medo de o esmagar.
No exemplo em cima: quando colocámos na busca do Booking: 1 quarto, 2 adultos, 1 criança de 3 anos. Como resultado parece uma cama de casal e um sofá-cama, que serve de cama extra. Neste caso, o que nós faríamos era perguntar ao hotel se teria berços ou cama de grades, e quanto é que nos custaria. Assim fica tudo esclarecido. Se o preço for o mesmo, vai depender da nossa preferência: queremos colocar a criança no sofá-cama, berço de grades, cama individual, etc.
4- Tenho um bebé, mas não quero levá-lo no colo durante o voo. Como faço?
Até 2 anos as crianças podem viajar no colo, só pagando taxas aeroportuárias. No entanto, por motivos de conforto o acompanhante pode comprar um lugar, mas para descolar, turbulência ou aterrar, a criança tem de ir no colo. No momento da reserva, deve fazer tudo normalmente, mas depois tem de contactar o serviço de apoio ao cliente da companhia aérea e pedir um lugar, e pagar outra tarifa.
5-Há berços para bebés em todos os voos?
Não. Depende de algumas coisas: tipo de companhia aérea, disponibilidade no voo, percurso curto/longo. O melhor é verificar no website da companhia aérea e reservar o quanto antes, pois são muito requisitados, especialmente nos voos noturnos ou de longo curso.
6-Levar ou não a cadeira automóvel para a viagem?
As rent-a-car normalmente têm, e cobram um extra por isso. As companhias aéreas, grande parte, não cobram o transporte da cadeira. Nos países onde não é obrigatório o uso da cadeira automóvel, as rent-a-car de menor dimensão, não têm sequer para alugar. As cadeiras automóvel são pesadas e de difícil transporte, vão no meio da bagagem no porão do avião, podem estragar-se, ficar sujas, ou molhadas. No aeroporto são deixadas num outro local separado do check-in, para bagagem fora do formato normal (mais uma fila, com uma ou várias crianças a resmungar). Vale a pena contar com esse € extra, e alugar no destino. Para quem não se importa de carregar de um lado para o outro, muito bem, certamente usa nas férias uma cadeira que só serviu a sua criança, e que estará mais limpa e menos usada.
7- Que medicação levar para a criança?
Isto é tão, mas tão subjetivo. Depende da criança e do que ela costuma precisar, dos pais e do país para onde vão. Costumamos levar apenas paracetamol, termómetro e Actifed. Anti-inflamatórios? Não. Não somos médicos, não os tomamos por iniciativa própria ou damos ao Andrezinho. Ele nunca precisou de tomar. Se for preciso compramos no local, o que nos for receitado por um médico. Quando viajamos para locais de muitos insetos, levamos Fenistil gotas também. E é isto… Em 3 anos e meio, e mais de 10 viagens, só nos lembramos de comprar 2 coisas: um termómetro em Moçambique, e uma pomada para uma alergia, no Sri Lanka.
Não foi sempre assim. Quando fomos a primeira vez de viagem e talvez segunda e terceira, levámos muito mais coisas, não exatamente medicação. Lembramo-nos de levar a máquina de vapores portátil, os cremes todos de bebé… Mas com a experiência (há tudo, em todo lado) e conforme vão crescendo, deixamos de carregar tanta coisa.
8- Vai doer os ouvidos do bebé no avião, o que devo fazer?
Não dói os ouvidos a todos os bebés. Com as vias respiratórias congestionadas, a probabilidade de ter desconforto, é maior. O que se pode fazer é: na sala de embarque, no tempo em que estamos à espera, podemos lavar o nariz com soro ou, se já for maior, assoar o melhor possível. As diferenças de pressão sentem-se a descolar, subida e descida para aterrar. Se a criança estiver desconfortável, dar qualquer coisa a comer/beber/chuchar, conforme o que ela preferir: mamar, biberon, chucha, bolacha, chupa-chupa, etc. Mastigar, engolir e até bocejar faz abrir as trompas de Eustáquio, permitindo a normalização da pressão.
O melhor é antecipar (porque quando dói, dói muito), e antes de descolar ou quando o avião começa a descer, começar logo a mastigar qualquer coisa. A “receita” serve também para adultos.
9- Devemos dar as vacinas para o país X?
Nós damos as vacinas obrigatórias ou recomendadas. Fazemos uma consulta do viajante primeiro. As vacinas de viagem, são como as vacinas que não estão contempladas no Plano Nacional de Vacinação: podemos não as dar, mas temos de estar conscientes do que pode acontecer se não as tomarmos. E aí escolhemos, e assumimos essa posição. A nossa consciência tem de ficar tranquila. Nós tivemos uma péssima experiência com a profilaxia da Malária, mas isso não quer dizer que não a tomaríamos outra vez, se fossemos obrigados a ir para um país com alto índice de Malária.
Devem sempre perguntar a um médico bom de medicina tropical e de viajante.
10- Como ajustar a alimentação do bebé?
Já escrevemos só sobre isso aqui:
A ideia geral é: se viajar na altura da introdução dos alimentos, pode ficar alojado num locar onde possa cozinhar, ou pedir que lhe façam coisas especificas. Seja restaurante, seja hotel, hostel, etc, nunca nos foi recusado um pedido para o bebé. Com instruções simples, pedem que lhes façam uma sopa (cenoura, batata, curgete, sem sal), um arroz cozido sem especiarias, peixe grelhado/cozido, frango… É prático levar sempre um lanche para todo lado. Não precisam de levar as bolachas Maria para o Brasil, compram lá. A bolacha Mary, há até na China. Comprar as frutas locais é a melhor opção, são as melhores.
Há crianças em todo lado. Olhar para o lado e ver o que comem os vizinhos, pode dar ideias.
Há que ser pratico e não muito intransigente. Ajuda.
Bons passeios!!
Nota: estas respostas são fruto da nossa experiência. Se tiverem ideias para completar o post, por favor enviem-nos. Obrigado