Se dúvidas ainda houvesse dos benefícios de mostrar o Mundo às crianças pela nossa mão, salientamos a importância das experiências multiculturais na vida dos nossos filhos.
Queremos que sejam adultos que compreendem a diversidade cultural? Que conhecem povos diferentes? Pessoas que obtiveram uma visão mais humana sobre os outros, e que têm até, um melhor auto-conhecimento. Ou, queremos que a história dos nossos filhos seja contada num tom monocórdico e enfadonho, sem oportunidade de explorar outros lugares e outras experiências?
O que trazem as experiências multiculturais para a vida dos nossos mini viajantes?
Saiba mais!
Aumenta a visão do Mundo
Visitar e conviver com outras culturas tem impacto directo na forma como socializamos, como avaliamos o outro e como somos entendidos em sociedade. Quando estamos perante outros costumes, comportamentos e hábitos completamente diferentes dos nossos, muito cedo aprendemos a respeitar honestamente as diferenças e que as nossas opiniões e ideias não são os únicos corretos e válidos.
Conhecer outras culturas torna-nos mais empáticos, ajuda a compreender as adversidades e desmistifica preconceitos.
Por exemplo, ficar uns dias em casa de uma família de uma localidade pequena no Sri Lanka, que embora tenham privações, são muito felizes, certamente influência a forma como a própria pessoa vê o seu conceito de felicidade e de riqueza. Outro exemplo: pensarmos que não simpatizamos com os asiáticos, porque os únicos que conhecemos são os imigrantes das Lojas dos Chineses, é muito limitativo. Nem estes asiáticos estão no meio da sua cultura, nem chineses, coreanos, japoneses, taiwaneses, filipinos, etc, são todos iguais.
É muito mais fácil aprender uma nova língua
Não é por acaso que é muito comum enviar os jovens para outro país para que aprendam uma nova língua. Eu própria achava que falava inglês, até ir para o centro de Londres trabalhar num hotel, cujos clientes eram maioritariamente homens de negócios, sem tempo a perder, nem paciência para repetir as frases mais do que uma vez. Aprender uma língua, no seu contexto social, tem outro impacto e a velocidade de aprendizagem é maior.
Levar as crianças a relacionar-se com os locais é o melhor que se pode fazer, pois o nosso filho pode praticar tanto a compreensão como a pronúncia de outro idioma, directamente com um nativo. Aprenderá a expressar-se de forma espontânea e com frases e expressões que são usadas por eles diariamente.
Não existe uma idade certa para aprender uma língua. O que existe, são fases da vida mais propícias.
A fase da infância é a melhor época da vida para estudar uma língua estrangeira, pois é a fase em que a criança está a desenvolver a sua fala e consegue aprender pronúncias muito mais rápido do que os adultos.
A partir dos 4 anos, uma criança é capaz de compreender e falar duas ou mais línguas. Mas como em tudo, isto é só uma estatística, cada criança tem o seu ritmo e depende da exposição às diferentes línguas. Podemos usar técnicas como a repetição, jogos e outras atividades lúdicas. Sem pressão.
Melhores oportunidades académicas e profissionais
Hoje em dia dá-se muita importância, não só ao grau académico, como à experiência de vida, contacto com outras culturas e facilidade com outras línguas. Assim, no mercado de trabalho cada vez mais exigente, haverá certamente mais e melhores oportunidades.
Pessoas com uma maior base multicultural são mais criativas, têm um comportamento mais sociável e comunicam de forma mais clara e objetiva. Para além de habilidades técnicas e competências acima da média.
Quem sabe estar envolvido com culturas diferentes, fica um passo à frente no mundo empresarial. Com um mundo cada vez mais globalizado, as empresas não ficam indiferentes a este paradigma. Antigamente era raro haver pessoas de nacionalidades e costumes diferentes a trabalhar ao nosso lado, mas hoje em dia é muito comum. Assim sendo, habituar os nossos filhos para esta realidade, vai torna-los profissionais com mais aptidões.
Maior criatividade
Ao contrário do que se pensa, a criatividade não é apenas uma característica de pessoas na área artística. Está presente em qualquer área de conhecimento e é útil para quem quer inovar e desenvolver ideias diferentes. Não é possível criar um caminho que leve certamente a uma mente criativa, mas há um método que pode ajudar: aumentar o reportório de referências das crianças.
Conhecer outros povos com hábitos completamente antagónicos dos nossos é, na sua base, exemplo de como se pode aumentar sem esforço as suas referências. Culturas diferentes têm uma história enorme de ensinamentos, obras, música, dança, cores, etc, ou seja, novas referências que de certeza vão desencadear para o pensamento criativo dos mini turistas.
Bons passeios!