Quem tem alma de viajante, tem dentro de si outro Eu preso que não vê a hora de ser libertado, nem que seja 23 dias úteis por ano (mais uns e outros dias que vamos enfiando lá pelo meio). Esse outro Eu, veste roupa leve, esquece como como se cozinha e caminha por ruas que não sabe onde vão dar.
E observar as férias das outras pessoas, é sonhar com os dias em que a nossa verdadeira natureza aventureira se permite a ser livre.
É ver os passageiros a colocar o pé fora do avião, a apanhar com os calorosos 36 graus na cara e a dar gritinhos de felicidade.
É ver filas nos restaurantes que habitualmente vamos.
Esplanadas cheias de gente animada, muitas bebidas e muitos papéis de gelados nas mesas.
Ruas e jardins com famílias a passear descontraidamente, todos a cheirar a protetor solar.
Supermercados com mães de família a encherem os carrinhos de comida para rechear os apartamentos alugados, enquanto vão deixando um rasto de areia dos chinelos no chão.
A autoestrada cheia de carros atulhados até a cima de bagagem e pessoas.
Não há 3 metros quadrados de areia onde estender a toalha e a praia tem clima de felicidade e som de crianças a brincar.
Sofremos apenas porque as férias dos outros parecem sempre maiores do que as nossas.
As nossas férias vão chegar quando já o sol não aquece tanto, as aulas já começaram e começam os saldos dos preços dos voos!!! Ufa nunca mais chega a nossa vez!
Bons passeios!