Dicas e Organização No avião

Bagagem de mão, sua tirana!

A bagagem de cabine, ou bagagem de mão, é aquela que as companhias aéreas permitem ao passageiro levar dentro do avião junto de si. Varia um pouco de companhia, em companhia, mas na generalidade, não é muito mais do que um trolley dos pequenos.

A bagagem de mão que nunca falta

As companhias aéreas começaram a aplicar uma taxa na bagagem que vai para o porão, quando reduziram o tempo do turnaround (tempo entre a chegada e a partida do avião) de forma a reduzirem os custos das tarifas aeroportuárias e conseguirem preços mais atrativos. Os passageiros levariam menos bagagem e o tempo de descarregar e carregar as malas no porão, seria menor.

Este processo teve início nas low-cost, mas depressa se espalhou a uma grande parte das companhias aéreas.

Na possibilidade de terem de pagar, por exemplo 20-35€, para enviar a sua mala para o porão (TAP), ou 25-40€ (Ryanair), os passageiros tentam levar tudo o que necessitam, na bagagem de mão.

Nós, somos estes passageiros, porque 35€X3 pessoas= 105€. É dinheiro que pode ser aproveitado para outras coisas.

Para ser sinceros, também nos desagrada imenso carregar muita bagagem. Há sempre escadas, elevadores avariados, e com uma criança e um carrinho, tudo complica.

Viajar apenas com bagagem de mão, não exige técnica. Muitas pessoas acham que sim, e daí os vídeos de como fazer malas, no youtube, terem mais de 10 mil milhões de visualizações, como este do Tom Yzenberg: Packing like a Pro.
Só existe uma forma: desapego. Os viajantes que atravessam continentes durante 2 semanas com uma bagagem de mão, são pessoas práticas e descomplicadas. Não são sujos, nem “desglobalizados”. Estas pessoas, apenas estão confortáveis a viver sem as coisas que para outros, são indispensáveis.


Estamos a falar de desprendimento emocional. Porque, não vale a pena ver 125 tutoriais de como fazer as malas com as meias dentro dos sapatos, se queremos levar 10 pares de meias, para um fim de semana. O cerne da questão não está na técnica de montar a mala, mas sim no altruísmo com que a encaramos.
Desapego, não é não ter interesse no que vamos vestir. É sim, ter capacidade de deixar em casa, tudo o que é realmente desnecessário.


Quantas vezes voltamos das férias e não usámos metade da roupa que levámos?
Não precisamos ter espírito hippie. Nem ser muito aventureiro. Apenas não queremos andar carregadíssimos com as malas. Estar cheios de nervos no check-in para embrulhar as malas em plástico, para pesar, ter de sentar um elefante em cima para fechar o
zipper, ficar stressados porque a companhia aérea perdeu a mala e lá dentro ia todo o closet (nunca vos perderam a mala? tiveram sorte!). Dispensamos todo este filme.


Para quem só se sente seguro a viajar com uma mala familiar de 35L, jamais se sinta frustrado a olhar para a bagagem de mão dos outros. Só há uma pessoa que vai carregar essa fantástica mala de 40kgs: o próprio. E ninguém tem nada com isso! Se não costuma no dia a dia ter este tipo de visão sobre os objetos, não vai ser nas férias que vai começar 🙂 Relaxe!

Bons passeios!