O pequeno viajante voltou na segunda-feira à escola. Foram 15 dias em liberdade total, dormiu quando teve sono, comeu quando teve fome, não viu TV (porque só havia no Canal 2 em horário específico), deu milhões de mergulhos, esteve sempre fora de casa fosse na praia ou no quintal, deslocou-se sempre a pé e não usou chinelos.
Foram dias em que quisemos mesmo: fazer nada.
Este regressar ao ritmo biológico natural, é possível nas crianças, especialmente as pequenas. Já para os adultos, mesmo de férias, é difícil e parece ter de ser imposta a regra de não haver horas. Os primeiros dias ainda estamos preocupados com as horas do almoço, da sesta, de dormir. Mas ultrapassado este bloqueio, também nós vamos lentamente acompanhando o ritmo das crianças. E é tão bom!
Ontem, os avós quiseram passar algum tempo com o miúdo e para espanto (deles) o André não quis ver desenhos animados, quis brincar na varanda. Ofereceram um gelado, não aceitou. Estará doente? pensaram. Não. Está só em liberdade. Libertou-se das rotinas, dos hábitos e dos horários.
As férias são muito boas para descansar, mas também para quebrar regras e comportamentos.
Hoje foi acordado. Teve de lavar, vestir e comer. Resultou numa birra: “Os sapatos não me deixam correr muito depressa!”, oferecemos chinelos como opção – não quis. Só acalmou quando prometemos pedir á professora, que lhe tirasse os sapatos quando estivesse na sua sala. Até nos virmos embora ainda tinha os sapatos calçados.
É complicado para as crianças entenderem este intervalo entre férias, este regresso ás aulas em que têm de alinhar nas rotinas, nas atividades e nos horários apertados.
É tão bom vê-lo ainda nesta liberdade!
Bons passeios!
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