À primeira vista parecem 3 assuntos que nada estão relacionados, mas a verdade é que estão tanto uns para os outros, que mais vale falar do assunto abertamente.
São as tecnologias que hoje em dia permitem às pessoas viajar mais, melhor e por menos dinheiro. São os alertas de preços, são os smartphones que nos permitem em qualquer lugar aceder a um website e comprar um voo, comparadores de preços, plataformas de agrupamento de promoções, etc. Há aplicações para tudo, desde mapas, organizadores de bagagem, tradutores, câmbios, melhores restaurantes ou serviços meteorológicos.
Podiamos viver muito bem sem isto tudo? Podiamos. Mas se nos facilita a vida de alguma forma, porque não? Os tempos evoluem e quem não se adapta, fica desatualizado, compra mais caro e perde mais tempo. Resta saber se ficam tranquilos com esse facto. Se sim, óptimo.
E as tecnologias para crianças?
Nós preferimos o meio termo: “Nem sempre, nem nunca”.
Podemos colocar as crianças numa redoma de vidro gigante? Não. Porque simplesmente, somos nós que quebramos as regras que queremos impor aos miúdos. Somos nós que temos telemóveis e tablets nas mãos, nem que seja por breves momentos. E eles, seres curiosos e imitadores, também querem!
Não achamos que as crianças devam estar todo dia agarrados a um tablet ou tv. Mas se já passaram o dia fora com os pais, já brincaram e já tiveram estimulo e “alimento” para os seus cérebros, que mal tem ver um bocado de desenhos animados? Em viagem, ajuda a baixar o ritmo, identifica uma coisa familiar, liga-os a casa e à sua segurança.
Filas nas fronteiras, horas intermináveis dentro de um avião, filas de check-in, viagens de carro, há necessidade de ter uma criança aborrecida de tédio? Dá para medir forças com o cansaço ou com o Birras?? Nem os adultos gostam de esperar, quanto mais uma criança que não percebe o que se está a passar. Há que ser prático.
O mini viajante no dia-a-dia não toca em tablets, mas vê tv todos os dias enquanto preparamos o jantar. Depois de já ter ido ao parque, à praia ou passear a outro sitio qualquer. Os desenhos animados têm uma componente didáctica e ele gosta. Nós gostamos.
Há tecnologias que promovem o convívio. Várias crianças partilham o mesmo tablet. Ótimo! Porque o que mais vemos por aí, são miúdos a discutir pelo mesmo aparelho, e depois um isola-se e outro fica a chorar.
Quando ouvimos discussões acerca deste tema, dá-nos a ideia que é tudo extremo. Ou a criança tem 5 anos e nunca viu a Elsa do Frozen na vida, ou a criança tem 1 ano e só janta a olhar para um telemóvel… Quando se pode ter os dois, e de preferência mais ar-livre e menos sofá.
As tecnologias vieram para ficar (para o bem e para o mal), e esta geração dos nossos filhos vai olhar para o Mundo e para nós, exatamente como nós olhávamos para os nossos pais no momento em que ouvíamos: “Com a tua idade fazia contas no papel! Nunca tive uma calculadora!”.
Bons passeios!
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