No momento em que chegámos a casa, olhámos uns para os outros e dissemos: “Fizemos uma viagem para o outro lado do Mundo, 17 dias, sem percalços. Bom trabalho família!”. (ver roteiro Sri Lanka)
Agora à distância de 2 semanas, e já sem adrenalina, começamos a ver as férias como uma recordação boa do passado, retomamos as rotinas e o trabalho. (E começamos a pensar na próxima…)
Esta viagem ao Sri Lanka, teve contratempos e não foram assim tão poucos… Nós é que nunca lhes damos importância, e o segredo está em transformar as adversidades, em acontecimentos engraçados. “Agradecer é a arte de atrair coisas boas“, e é uma forma de estar na vida, que para nós faz todo o sentido, e está mais que comprovada funcionar lindamente.
Ora bem, aqui vai:
- A companhia aérea Monarch, faliu. E por azar, nós tínhamos comprado bilhetes para Manchester, onde iriamos apanhar outra companhia aérea para o Sri Lanka. Perdemos o dinheiro e não tínhamos outro voo para Manchester no nosso aeroporto.
- Decidimos comprar voo para Manchester, mas de Lisboa com a companhia Ryanair. Vamos de comboio até Lisboa. Heis que a Ryanair, uma semana depois, muda o horário do voo para mais tarde e nós não conseguimos apanhar a ligação em Manchester. Dinheiro devolvido. Comprámos na TAP.
Ler Post:
- Chegados a Colombo, o motorista aparece com um amigo no aeroporto. No dia seguinte diz que vai na carrinha dele às 09h00 buscar-nos, mas eram 16h30 ainda não tinha aparecido porque tem um problema na carrinha. Motorista é a profissão que mais existe no Sri Lanka, em 20 minutos arranjamos um novo motorista para 9 dias, que é enviado pelo patrão, com apenas a roupa que tinha no corpo.
- Não esperávamos um acolhimento tão caloroso ao mini turista, e quase desistimos de ver locais mais religiosos e menos turísticos. (Socorro não largam o meu filho!)
- O mini viajante fez reação alérgica à picada de… mosquito? Não!! De ácaro! Tinha a perna direita numa lástima. Enviamos sms à pediatra dele, que está muito habituada a viajar com os miúdos dela, e responde em menos de nada. Com o nome da pomada, fomos à farmácia. No meio de caixotes empilhados, está o farmacêutico, que tem um inglês fluente e nos vende uma pomada com o mesmo composto. Miúdo curado em 3 dias.
- Pagámos um quarto triplo em Pollonaruwa, o 3º elemento como só tem 3 anos nunca teve direito a dose de pequeno-almoço só para ele. Queremos reclamar/pedir qualquer coisa. Recla…mar? Piada! O funcionário encolhe os ombros, não fala quase inglês (dá muito jeito neste momento) e espeta um cartão de visita na nossa cara e “explica” que temos de falar é com o patrão dele, por telemóvel. Certo…
- Em Kandy precisamos recorrer à policia para sairmos do Templo do Dente de Buda, graças aos 5 homens que nos vinham a perseguir e a circundar há um bocado. Foi assustador, mas os policias chegaram-se à frente rapidamente e barraram o grupo, o nosso Haruna (motorista) chegou na hora H e levou-nos dali para fora.
- Não conseguimos bilhetes de comboio de Kandy para Ella. Comprámos em 2ª classe sem direito a lugar, mas aderimos à mafia dos caminhos de ferro e conseguimos lugares para todos e muito bem sentados.
Ler Post:
- Apanhámos uma valente tempestade tropical, com direito a casas a voar e noticias de abertura do telejornal. Não houve quase praia, literalmente, as praias desapareceram.
- No dia e hora de voltar para o aeroporto o transfer não apareceu. Deve ter tido outro cliente a pagar melhor, é assim que funciona, nem avisam. Uma ida ao meio da estrada resolveu tudo com 4 frases: – Hello lady need tuc-tuc? – No, big van to the airport. – Okey, my friend big van for you, 9000 LKR, okey? Now? – Ok, now. Thank you.
Dica super especial para quem vai para a Asia:
Não tentem falar o vosso melhor inglês, a sério, só vão complicar e arranjar confusão. E muito menos se estiverem a falar ao telefone!
Bons passeios!
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