As viagens, o planeamento de viagens, o blog, as fotografias, as conversas sobre as nossas viagens e as viagens dos outros, está presente na maior parte do nosso dia-a-dia, quer o motivo seja trabalho ou lazer.

No meio desta azáfama, não podemos deixar de olhar para o passado e tentar perceber o que ás vezes corre menos bem nos orçamentos de viagens, e tentar corrigir.

Desde o último post sobre o planeamento de 2017  Planeamento e Lista de Viagens, já muitas coisas se alteraram. E sobretudo porque, infelizmente, o dinheiro cá em casa não cresce na mesma proporção que cresce a vontade de conhecer o Mundo. Há que deixar o lado sonhador um bocadinho de parte, perceber onde podem derrapar as contas dos passeios, arranjar alternativas ou incluir os gastos nos orçamentos.

Onde derrapam os orçamentos de viagens?

Identificámos 5 motivos

– Na farmácia

A farmácia, a partir do momento em que temos filhos começa a ser a loja mais visitada. Ninguém tem dúvidas disso. Depois do primeiro ano as visitas diminuem consideravelmente para coisas pontuais, no nosso caso.

O mesmo se aplica ás viagens. Se antigamente íamos para a Indonésia 3 semanas sem repelente. Agora, não vamos aos Açores sem um kit primeiros socorros. Não é receio de não existir uma farmácia, é apenas mais prático, não ter que a procurar.

Incluímos aqui também, a consulta do Viajante (caso seja privada ronda os 30€/por pessoa), as vacinas ou profilaxias necessárias a viagem. Estes medicamentos não são baratos. Os médicos na consulta do viajante também aconselham outros medicamentos, como antibióticos para gastroenterites fortes, pomadas com cortisona para alergias, etc.

Resultado: comprem tudo, rezem para caber na bagagem e nada chegar a ser usado.

Solução: colocar no orçamento.

– Seguros de Saúde

Ainda no âmbito da medicina, temos o seguro de saúde de viagem.

Andar de mota em Hanoi é giro, surfar em Balangan melhor ainda ou ainda fazer uma caminhada até ao Preikestolen. Mas só quem nunca se viu magoado, ou doente, num lugar remoto e a ter de se deslocar ao centro hospitalar mais próximo, é que não sabe como é complicado.

Acho que podem imaginar que não é a coisa mais porreira que vão fazer nas férias.

Os seguros de viagem dependem muito do local para onde se vai e o que incluem. A IATI tem a grande vantagem do atendimento ser em Português (num momento de stress é importantíssimo), não ter franquia e adiantar o dinheiro necessário para seres atendido no momento.

Solução: colocar no orçamento.

– Enganos no câmbio

De várias vertentes:

• Não há um multibanco próximo de onde estão alojados, mas existem várias casinhas minúsculas de câmbio. A taxa é sempre pior. E ficamos com muito menos dinheiro do que tínhamos pensado inicialmente.
• As tais casinhas de câmbio ás vezes não têm pessoas sérias lá a trabalhar. Em sítios em que o câmbio vem aos milhões e quando trocamos 40€, nos dão 564,292,09 IDR num rolo de notas que não cabe na carteira, a coisa complica-se.

O funcionário da casinha de câmbio, pode nem falar uma língua em que nos possamos entender. Põe um ar super profissional e desata a contar notas à velocidade da luz mesmo em frente aos nossos olhos. Passa o papel para assinarmos e agora conta tu se quiseres, as notas de 10.000, 1000 ou 100, de formatos e cores que não conhecemos.

Interiormente rezamos para que esteja lá todo, porque entre uma nota 10000 verde escura ou uma 1000 verde menos escura, os nossos cálculos vão todos pelo “cano a baixo”.

Ter a calculadora à mão ajuda.

Solução: um simples post-it amarelo na carteira com o câmbio anotado, já ajuda imenso. Na hora de trocar o dinheiro, e na hora de fazer compras. Ou ter uma APP, caso costumes andar sempre com o telemóvel por perto.

–No combustível e transportes

Viagem que é viagem, tem sempre um contratempo com uma ou outra deslocação

De 2 tipos:

-Enganos no percurso

Usamos o mais longo ou com mais trânsito, logo, a quantidade de gasolina que gastamos vai duplicar. Se isto acontecer em Marrocos, onde 1 litro da gasolina em média é 0,96 cêntimos, menos mal. Mas e se for na Noruega a 1,77€?

Solução: Verificar o nome das estradas a usar com antecedência e usar o GPS sempre que possível.

– Esquecemos verificar o preço dos transportes públicos

Vamos à Bélgica com a ideia de visitar a Holanda, país vizinho, a 1 hora de distância de comboio e num instante que passamos a comer uma waffle de Bruxelas, estamos a experimentar umas socas de madeira em Amesterdão. Chegamos a estação dos comboios e o bilhete custa para 2 pessoas 164€.

Aqui neste tema dos transportes públicos, também entram os táxis. Os táxis sem o taxímetro é sempre duvidoso. O melhor mesmo é combinar o preço antes de entrar nos táxis, Tuc-Tuc, Riquexó, etc.

Solução: pesquisar é o melhor remédio. Ou usar sempre o UBER, também ajuda na hora de pagar, não precisas ter dinheiro à mão.

– Nas lembranças para trazer para casa

Estamos de férias e adoramos o sítio e queremos trazer uma “recordaçãozinha”, o iman para o frigorífico, a caneta, a tela pintada, o livro, os chapéus bicudos, a estátua, a caneca, a boneca, o traje típico, a bebida do local, a pulseira, as tranças no cabelo, o serviço de chá, um CD, a Henna nas mãos/pernas, os chocolates de chá verde,  e até uma sombrinha de um templo de Bali (sim… temos uma em casa). Há quem costume levar uma lembrança para cada membro da família!

Mas estas coisas por vezes são bastante caras.

Solução: comprar com moderação

Bons passeios!