Dicas e Organização

8 Dicas para viajar com os amigos e os seus filhos

viajar em grupo

Viajar com crianças pode ser cansativo. Viajar com a família toda (avós, tios, primos) pode ser muito mais. Colocamos amigos com filhos numa viagem, e pode apetecer desistir de tudo. Nada disso.

Na última viagem, a Milão, juntámos 3 famílias. Não foi, exatamente, combinado para ser assim, mas acabamos, por um motivou ou outro, por ir todos juntos. Nós não estávamos preocupados, mas há sempre “questões” que podem surgir com a convivência intensa de uma viagem. Pode correr muito bem, ou pode correr muito mal.

Com algumas conversas antes do dia da viagem e constante comunicação durante, podemos ultrapassar obstáculos e aproveitar o passeio de uma forma verdadeiramente agradável, com os amigos e os filhos.

viajar em grupo

Planeamento

A chave para viajar com amigos, é ter uma pessoa encarregue do planeamento. Não é um planeamento rígido, com horas para almoçar e horas para dormir, porque senão, perde-se a magia da viagem. E também, não quer dizer que o resto do grupo não possa participar no planeamento, mas haver uma pessoa (ou duas) que esteja a par das reservas, das horas e a manter a comunicação ativa para nada ficar esquecido, é um grande benefício para o grupo. Essa pessoa sabe que vai ter de falar sobre dinheiro.

Dinheiro

O dinheiro é um assunto aborrecido. Cada família tem o seu orçamento e a sua ideia sobre os gastos na viagem. Deve ficar esclarecido como nos vamos organizar. Novamente, a comunicação é essencial, temos de saber mais ou menos qual o orçamento geral de cada família para a viagem. Para se tomar decisões (e são sempre muitas em viagem) práticas e rápidas, como por exemplo, usar o comboio ou o táxi. Ou então, para nós não sugerirmos um restaurante caro a um amigo que prefere uma pizzaria simples. No que toca ao dinheiro, a sensibilidade é importante.

Há grupos que dividem todas as despesas igualmente (resulta muito bem). Há grupos onde um elemento pode pagar tudo, e no final acerta contas. Pedir contas separadas, pode ser a escolha, mas isto em países cuja moeda é diferente complica-se um bocadinho, mas não é impossível. Deve ser estipulado logo de início, e normalmente acontece de forma espontânea, se todos estiverem dispostos a colaborar.

Hábitos das crianças

Quando toca aos nossos filhos, nós que os conhecemos bem, sabemos como lidar melhor com eles. Mas, quando temos amigos com filhos connosco, eles podem ter uma forma diferente de educar, especialmente se as idades forem muito diferentes. Novamente: “a falar é que a gente se entende“, e muita partilha positiva acontece. Às vezes outra abordagem para uma birra, a que assistimos, é o suficiente para nos mostrar que várias formas resultam e, no fundo, todos nós fazemos o nosso melhor. Em vez de julgarmos, podemos aprender. Isso não é bom?

Além disso, as crianças também absorvem diferentes formas de educar. O nosso pequeno viajante não largava a chucha por nada desta vida. Já lhe tínhamos dito 1,5 milhões de vezes que fazia mal aos dentes, mas ouvir outros pais a dizerem o mesmo, e a ver o amigo a dormir profundamente e tão feliz sem “recursos”, iluminou-se ali um caminho na sua pequena mente, e a chucha ficou em Milão.

Deixamos que os nossos amigos repreendam o nosso filho, se este se estiver a comportar mal? Quando um vai dormir, os outros também têm que ir? Comem todos gelado? E a sopa? Podem partilhar um tablet? Estamos descansados quando o nosso filho está com a outra família, ou isso traz ansiedade? São questões, que acabam por surgir a todas as famílias que vão de férias juntas. Pode ser um tema difícil, mas falar sobre estes assuntos de forma natural e descomplicada, pode ser a forma de evitar confusões ou ferir os sentimentos dos amigos, gerando mal-estar durante e depois da viagem.

Comida

Pode parecer tonto falar sobre comida, mas as refeições podem causar mais discussões do que possam esperar em viagem. Não é só com crianças, é com o grupo no geral. Os hábitos alimentares de cada um de nós, são únicos… o que já traz a premissa de todos termos que ceder em qualquer coisa, em algum momento da viagem. A coisa agrava-se quando alguém tem um qualquer hábito, que não se consegue contornar. Uma boa forma de gerir esta situação, quando estamos a partilhar refeições (por exemplo em Guesthouses), é: pagam à parte as coisas que só aquela família consome, como uns iogurtes específicos, mas divide-se igualmente tudo o resto que é partilhado por todos (leite, café, pão, sumo, frutas, etc). Quando comemos em restaurante, cada um paga o que escolheu, é fácil para o empregado de mesa dividir os pedidos.

Escolher onde, e o que comer, também requer cedências e escolhas práticas. Se estamos numa zona de pizzas, o mais fácil é comer pizza. Procurar outra coisa pode demorar horas e todos nós sabemos que esperar para comer, não é fácil para as crianças. Pode não ser o que comemos diariamente, mas experimentar coisas novas faz parte de viajar! Hoje é pizza!

Num grupo com uma boa dinâmica, as ideias fluem, todos contribuem. Uns procuram no Google, outros no mapa, outros olham pelas crianças e outros aguardam (lugar igualmente importante).

Alojamento

Se puderem evitem os hotéis muito grandes, a menos que queiram ficar mesmo separados. Um apartamento, um Hostel, uma Guesthouse, se gostarem deste género de alojamento, é mais giro. Pode-se partilhar os espaços comuns, estar em família, mas ter o nosso próprio espaço para descansar. Os miúdos rapidamente se acostumam a lugares pequenos e gostam de visitar os quartos uns dos outros, dando descanso aos pais.

KID-FREE TIME 

Às vezes só precisamos de um bocadinho de intervalo. Pode ser dos miúdos, ou dos amigos, ou de ambos. Em grupo pode-se organizar uma noite em que cada família fique com as crianças e os outros pais possam dar uma volta sozinhos, beber um copo de vinho ou conversar sem serem interrompidos. Ou se alguma família, claramente, precisa de um intervalo das birras ou da logística, o melhor “é dar-lhe um pontapé” para fora de casa.

Cada pessoa tem os seus problemas

Respeitar o ritmo de cada um, não é uma missão impossível, e muito menos um frete. Que levante a mão quem não tem uma característica que possa condicionar o decorrer do dia! Respeito e descontração. Viajar com crianças é mesmo assim: ter que parar, quando se quer andar, e vice-versa. Já que estamos neste ponto, aplicamos a regra a todos e ninguém se aborrece.

Uns andam devagar, outros depressa, uns enjoam a andar de barco outros não, o melhor é avisar. A lista continua… Viajar com os amigos é disto que se trata: ser honesto e aberto acerca de nós mesmos.

Expectativas de viagem

Se nós e os nossos amigos somos viajantes frequentes, ou mesmo que não sejamos, gostamos de fazer estilos de viagens diferentes. Nós gostamos de viajar calmamente e parar em todas os cantinhos, enquanto os nossos amigos estão felizes a ver apenas as atrações principais de cada lugar. Ou nós queremos estar na praia sem fazer nada e eles têm uma lista completa de lugares que precisam visitar em 3 dias.

A expectativa de cada um deve ser verbalizada. Os lugares que todos querem visitar, vamos em grupo. Os lugares diferentes, cada família organiza como quiser, e no final do dia encontramo-nos para jantar e partilhar as experiências. Assim ninguém fica frustrado por ir a um lugar que não quer e nem com a sensação de perder uma coisa que tinha imaginado. Todos ficam contentes.

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5 Motivos para viajar com os amigos

Viajar em grupo e com filhos tem tudo para ser uma experiência muito gratificante. Todos beneficiam da companhia uns dos outros. Os miúdos têm atitudes que não esperamos: comem a sopa que em casa não gostam, dormem o que em casa não dormem, porque o sentimento de grupo ganha sempre, ninguém se quer isolar.

Em grupo, há sempre um amigo que se preocupa mais com nossa situação momentânea e se encosta ao nosso lado para dar uma moral. Há sempre alguém mais desenvolto que está sempre à frente nas situações. As motivações podem vir de vários lugares quando se é acolhido num grupo. Se o grupo é mais coeso, obviamente tudo se torna mais fácil e a motivação aparece naturalmente. Porém, em alguns casos, grupos não tão coesos podem fazer com que o pouco que lhes resta de autoestima vá por água abaixo, seja através de brincadeiras, ou críticas.

Um grupo pode viajar para lugares inóspitos, desanimados e chatos e ainda assim divertir-se imenso, só pelo simples facto de se estar entre bons amigos. Sozinhos fazem a festa!

Viajar em grupo diminui muito as probabilidades de que um problema seja grave ou destrua a viagem. Num eventual acidente ou situação de emergência, os amigos terão muito mais hipóteses de minimizar os problemas, se se ajudarem.

Podemos, sem dúvida, dizer que queremos mais viagens destas!

Bons Passeios!

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Para viajar não é preciso ser rico!

 

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